segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Falta medo?

Em décadas passadas, a relação entre delito e impunidade era separada por uma estreita linha chamada "medo". Apesar de historicamente o ser humano buscar a glória de sua força através de crueldade e soberba, o homem buscou equilíbrio no convívio social. A justiça foi necessária e a fôrma foi moldada para garantir a boa vizinhança.
Quando o medo é disposto ao fraco e correto, a situação de sua existência vivencia a falência de sua dignidade. Todavia, o medo do qual este texto expõe, torna certo ao infrator a punição que merece por sua falta de caráter. Este medo de ser punido garantia a sobrevivência das pessoas, pelo menos, sobre as formas brutas e torturantes implicadas por imperadores impetuosos da arrogância e da covardia. Começaram então a mudar o conceito e se iniciou um questionamento do que era certo e do que era errado.
Quando se sabia o que era um crime contra um ser? Caberia a quem fazer o julgamento? Bem, era simples. Bastava qualquer um analisar o mal e medir suas consequências. Mas aí aparecem os sofistas que transformavam maldosos em vítimas. Era vez das distorções.
O que era certo e o que era errado agora merecem especialistas de ambos os lados. Ao mesmo tempo a marcha da indignação por parte das vítimas por outrora aceitavam sua condição. Foram se passando os anos e tudo foi transformado. As pessoas perdiam sua fé e culpavam silenciosamente o novo sistema criado por inescrupulosos que se beneficiavam de suas ações. A maldade agora é pelo ponto de vista de quem acha, mas a vítima? Essa que se exploda!
O que fazer? Quando temos brincadeiras contra a ordem de Deus, a falta de coerência de grupos heterogêneos, dedicam-se respostas lógicas. A educação religiosa expõe o bom e o mal. O homem e a mulher, em sua idade que for, por ser um pensante opta por aquilo que levará adiante, contudo, o conhecimento ajudará a procurar o bem e saberá que o mal será punido. O medo era a chave.
Atualmente o medo está sendo retirado e pessoas ficam cada vez menos inibidas das práticas maléficas. Vídeos sem pudor, cartas de ofensa e comentários preconceituosos. Tudo garantido pelo anonimato. Mesmo alguns que fazem de cara limpa, como políticos e poderosos que infligem a lei e a representatividade do povo.
Em suma, estar nessa nova Era de modernidade e contemplação da coragem fazem do ser humano um pré-histórico em busca da caverna maior, sem se preocupar com quem a ocupa ou quem irá ferir. Sabe-se apenas que através da história o ser procurará o seu direito. Cedo ou tarde a igualdade fraterna irá ser requerida e mais uma vez, com a ajuda divina, a humanidade encherá os olhos de compaixão e soltará as lágrimas da verdade e do amor. Que assim seja.